
25 | Março
A Ameaça Oculta: 365 Bilhões de Tentativas de Ciberataques no Brasil em 2024
Empresas de todos os portes são alvos constantes de ataques digitais contra seus sistemas. Segundo um relatório da Fortinet, empresa de cibersegurança, somente no primeiro semestre do ano de 2024, o Brasil foi alvo de 356 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos. Esse número não apenas demonstra a evolução das ameaças digitais, mas também expõe o risco ao qual estão sujeitas as organizações que ainda não adotaram medidas eficazes de segurança diariamente.
Neste artigo, vamos explorar como esses ataques acontecem, quais são os alvos principais e, especialmente, o que pode ser feito para evitá-los.
O que são ataques cibernéticos?
Trata-se de operações maliciosas realizadas por hackers ou grupos organizados para comprometer sistemas, redes ou dispositivos conectados à internet. Esses ataques podem ter diversos objetivos, desde o roubo de informações confidenciais até a interrupção completa de serviços críticos na tentativa de extorsão de dinheiro. Entre os tipos mais comuns de ataques estão:
- Ransomware: Sequestro de dados com pedido de resgate, onde os criminosos exigem pagamento para devolver o acesso às informações da vítima.
- Phishing: Envio de e-mails fraudulentos para roubo de credenciais, geralmente imitando comunicações legítimas.
- DDoS (Ataque de Negação de Serviço Distribuído): Sobrecarregamento de servidores e redes para torná-los inacessíveis, prejudicando operações comerciais e institucionais.
- Malware: Softwares maliciosos que comprometem a segurança dos dispositivos, podendo roubar dados, espionar usuários ou até mesmo destruir informações armazenadas.
- Zero-Day Exploits: Ataques que exploram vulnerabilidades desconhecidas em softwares antes que os desenvolvedores possam lançar correções.
- Man-in-the-Middle (MitM): Interceptação de comunicações entre dois sistemas para capturar ou modificar dados sem que os envolvidos percebam.
- Spyware e Keyloggers: Softwares que monitoram a atividade do usuário e capturam informações digitadas, incluindo senhas e dados bancários.
Quem são os alvos?
Nenhum nicho empresarial está imune aos ataques cibernéticos, mas alguns são alvos mais frequentes devido à natureza dos seus dados e operações, são eles:
Instituições Financeiras: Bancos, fintechs e corretoras são alvos constantes de ataques cibernéticos devido ao grande volume de transações financeiras e à vasta quantidade de dados sensíveis de clientes. Hackers buscam acessar essas informações para realizar fraudes, roubo de identidade e extorsões financeiras.
Setor de Saúde: Hospitais, laboratórios e operadoras de saúde lidam com informações médicas sigilosas que atraem o interesse de invasores com o objetivo de roubá-las e pedir um resgate financeiro para a devolução.
Governo e Infraestrutura Crítica: Órgãos públicos e serviços essenciais, como energia e telecomunicações, são alvos estratégicos de ataques cibernéticos, pois sua interrupção pode gerar caos social e econômico. As motivações costumam ser políticas, de espionagem ou para exigir resgates financeiros.
Comércio e E-commerce: Empresas que armazenam informações financeiras e dados de consumidores são alvos frequentes, pois hackers buscam explorar vulnerabilidades para roubo de cartões de crédito, fraudes e venda ilegal de informações pessoais.
Indústrias e Empresas de Tecnologia: Setores com propriedade intelectual valiosa, como o desenvolvimento de softwares e pesquisa tecnológica, são alvos de invasões cibernéticas com o objetivo de roubar segredos industriais, fórmulas e projetos estratégicos. Esses dados podem ser vendidos para concorrentes ou utilizados para extorsão.
Como acontecem?
Os ataques cibernéticos podem ocorrer de diversas maneiras. Um dos métodos mais comuns envolve a exploração de vulnerabilidades, na qual hackers exploram falhas em sistemas operacionais, aplicativos ou redes para obter acesso indevido e infectá-los com software malicioso.
Outro método amplamente utilizado é a engenharia social, que consiste em manipular pessoas para que revelem informações sensíveis ou concedam acessos, sem que elas percebam.
As invasões também podem ocorrer após roubo de credenciais, especialmente quando senhas fracas ou repetidas são utilizadas em múltiplas plataformas. Uma vez dentro da rede, é possível tomar o controle explorando privilégios administrativos e fazendo as modificações de acordo com o objetivo do ataque.
Como Evitar Ataques Cibernéticos?
Dado o cenário de 2024, torna-se ainda mais claro que a segurança cibernética deve ser tratada como uma prioridade, e não como um detalhe técnico.
Uma das medidas eficazes é o treinamento de pessoas em relação à segurança cibernética. Funcionários bem treinados conseguem identificar tentativas de phishing, evitar armadilhas da engenharia social e seguir boas práticas de segurança no dia a dia. O treinamento contínuo reduz significativamente as chances de um erro humano comprometer a segurança da empresa.
Manter os sistemas sempre atualizados é essencial. Muitos ataques exploram vulnerabilidades conhecidas, que já possuem correções disponíveis, mas que não foram aplicadas a tempo. Empresas que negligenciam atualizações se tornam alvos fáceis para hackers que utilizam exploits (códigos, softwares ou sequência de comandos que se aproveitam de vulnerabilidades sistêmicas) para invadir redes corporativas.
Uma importante camada de defesa é a autenticação multifator (MFA), que adiciona uma verificação extra além da senha ao fazer login em uma plataforma. Mesmo que um invasor consiga obter credenciais de login, a MFA pode impedir que ele tenha acesso ao sistema. Esse recurso é amplamente recomendado para proteger contas de e-mails corporativos, plataformas de trabalho remoto e sistemas administrativos críticos.
Outro fator essencial para a segurança digital é o uso de softwares de segurança, como antivírus e firewalls. Essas ferramentas atuam como a primeira linha de defesa contra ameaças conhecidas, bloqueando arquivos maliciosos, impedindo acessos não autorizados e identificando atividades suspeitas. Manter um bom antivírus atualizado e configurado corretamente pode prevenir infecções por malware e impedir que ameaças se espalhem dentro da rede corporativa. Firewalls, por sua vez, filtram o tráfego de dados, garantindo que apenas conexões seguras sejam estabelecidas.
O monitoramento contínuo de redes e sistemas, por meio de ferramentas de detecção e resposta a ameaças, como XDR, EDR e SIEM, ajuda a analisar padrões de tráfego e detectar comportamentos incomuns que possam indicar um ataque em andamento.
Por fim, a realização de backups frequentes e seguros é uma boa prática de redução de danos, caso o ataque cibernético aconteça, especialmente em relação ao ransomware. Empresas devem garantir que seus backups sejam armazenados em ambientes protegidos e desconectados da rede principal, para evitar que também sejam comprometidos.
A prevenção exige um conjunto de medidas combinadas. Quanto mais camadas de segurança forem adotadas, menores serão as chances de um ataque cibernético bem-sucedido.
Como a Develcode Pode Ajudar?
A Develcode oferece soluções estratégicas para fortalecer a segurança digital das empresas, garantindo a proteção de dados e infraestrutura contra ameaças cibernéticas. Entre seus principais serviços, destaca-se a migração de dados para a nuvem, ajudando clientes a escolher plataformas seguras como AWS, Azure e Google Cloud. Essas plataformas atendem a rigorosos padrões de segurança, garantindo a integridade e confidencialidade das informações com alta proteção contra ataques cibernéticos.
Além disso, a Develcode, por meio do serviço "Assessment", faz uma avaliação da estrutura técnica interna das empresas para identificar vulnerabilidades e propor melhorias na proteção digital. Com essa abordagem proativa, levamos as empresas a prevenir invasões sistêmicas antes que elas aconteçam.
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Referências Fortinet: Relatório global sobre ameaças cibernéticas; Relatórios de segurança cibernética de 2024: Kaspersky, Check Point, Palo Alto Networks.